No dia 30 de agosto, celebramos o Dia Internacional dos Desaparecidos (DDI), um dia para apoiar publicamente as famílias das pessoas desaparecidas, expressar a nossa solidariedade e comemorar com elas os seus entes queridos desaparecidos. Queremos que saibam que os seus entes queridos não estão esquecidos, que não estão sozinhos e que continuaremos a apoiar os Estados para que façam tudo o que estiver ao seu alcance para dar respostas às famílias das pessoas desaparecidas.
Centenas de milhares de pessoas em todo o mundo estão desaparecidas ou separadas das suas famílias em resultado de conflitos armados ou outras situações de violência, catástrofes ou migração. Muitas nunca mais regressam e nunca mais se ouve falar delas. Trata-se de uma tragédia humanitária global em grande escala e o Movimento da Cruz Vermelha não deixará de os ajudar.
O número de pessoas desaparecidas reflete apenas uma parte da tragédia humana, pois por detrás de cada pessoa desaparecida há inúmeras outras que sofrem a angústia e a incerteza de não saberem o que aconteceu aos seus entes queridos e onde estão, e que se debatem com as múltiplas consequências que isso tem nas suas vidas. Para além da dor crescente de anos sem respostas, as famílias são frequentemente confrontadas com inúmeras dificuldades psicossociais, administrativas, jurídicas e económicas.
O tempo não cura, apenas as respostas o fazem. As famílias têm a necessidade e o direito de saber o que aconteceu aos seus entes queridos. A resolução do caso de uma pessoa desaparecida é muitas vezes um processo complexo e moroso. Os esforços de busca das famílias prolongam-se muitas vezes durante anos, ou mesmo décadas. Ao longo deste período difícil, as famílias de pessoas desaparecidas estão constantemente em movimento - procurando, procurando, interrogando-se, recordando e sentindo a falta dos seus entes queridos. O facto de não saberem o que aconteceu a um pai, cônjuge ou filho representa um fardo intolerável para estas famílias, que vivem num estado de incerteza, incapazes de fazer o luto, entre a esperança e o desespero constantes.
Para quem procura um familiar, pode contactar o CICV ou o gabinete local da Cruz Vermelha ou do Crescente Vermelho mais próximo no sítio Web Family Links para obter mais informações sobre a forma de registar o seu ente querido como desaparecido.
Estatísticas do RFL 2022 - ÁFRICA
A CADA MINUTO, AJUDAMOS MAIS DE QUATRO FAMÍLIAS SEPARADAS POR CONFLITOS, VIOLÊNCIA, MIGRAÇÃO E CATÁSTROFES A TELEFONAREM UMAS ÀS OUTRAS
1.212.026 chamadas telefónicas bem-sucedidas facilitadas
15 081 pessoas foram localizadas
5.486 pessoas foram localizadas
*Estes casos foram resolvidos pelo CICV, pelas Sociedades Nacionais e, em alguns casos, pelas próprias famílias.
Organizado pelo Crescente Vermelho da Argélia e com o suporte do Governo de Argélia, acontece a partir de hoje, 1 de agosto, um encontro de alto nível do Grupo Sahel Plus.
Temáticas como migração a nível da região, em Africa e fora, mudanças climáticas, segurança e assistência alimentar no atual contexto a nível da Africa, Constituição de fundos de urgência para as operações humanitárias e reforço das capacidades das Sociedades Nacionais estarão na pauta do debate.
De igual modo, foi aceite a integração do Crescente Vermelho da Argélia no Grupo Sahel e abriu-se a possibilidade de outras Sociedades Nacionais pertencerem ao Grupo, na perspetiva de alargamento do Grupo e o seu espaço de influência e de mobilização.
Participaram da reunião várias sociedades nacionais não pertencentes ao Grupo Sahel Plus, como Turquia, Arabia Saudita, Nigéria, Líbia, Egipto e Tunísia.
Representantes do CICR e IFRC e o Diretor da Africa da IFRC, Comité Internacional do Crescente Vermelho, Sociedades Nacionais parceiras estiveram presentes no encontro, que teve o alto patrocínio do Governo da Argélia.
Paralelamente, a delegação cabo-verdiana, está a desenvolver com parceiros a diplomacia humanitária para a mobilização de esforços e recursos para a resposta à situação humanitária e social em Cabo Verde.
Aconteceu ontem, 19 de Julho, o lançamento das Operações DREF, enquadrado no Plano de Emergência contra seca em Cabo Verde, através de uma conferência de imprensa e apresentação do projeto na sede nacional da Cruz Vermelha.
O evento contou com o Presidente da Cruz Vermelha, Arlindo Carvalho, Secretário-Geral da Cruz Vermelha, Salomão Furtado, Administrador do Banco Cabo-verdiano de Negócios e parceiro do projeto, Carlitos Fortes e o Ponto Focal Responsável da Segurança Alimentar e Nutricional da Cruz Vermelha, Eduardo Ramos. Assim como o Presidente da Camara do Porto Novo, Aníbal Fonseca, na plataforma online.
O objetivo global desta ação é responder às necessidades imediatas da população afetada pelas várias crises atuais e reduzir a sua vulnerabilidade na sequência de previsões de grave insegurança alimentar e subnutrição nos próximos meses. Isto está a ser feito na Ribeira Grande de Santiago, na ilha de Santiago, e no Porto Novo, na ilha de Santo Antão, fornecendo assistência alimentar imediata, implementando atividades de preparação e proteção dos meios de subsistência, implementando atividades de prevenção da desnutrição, assegurando um melhor acesso à água e sensibilizando para as questões de higiene e saneamento.
Com o apoio da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, a Cruz Vermelha de Cabo Verde, através do mecanismo DREF - Fundo de Emergência de Resposta às Catástrofes, no valor de 33.147129,00 CVE (Trinta e três milhões, cento e quarenta e sete mil e cento e vinte escudos), prestará assistência às populações de vulnerabilidade nos municípios de Porto Novo na ilha de Santo Antão, bem como de São Domingos, Santa Cruz e Ribeira Grande na ilha de Santiago, através de uma série de ações.
Estas atividades representam apenas a primeira parte da intervenção da Cruz Vermelha de Cabo Verde. Estão atualmente em curso negociações com parceiros da Cruz Vermelha para uma intervenção a médio prazo, ainda com o objetivo de prestar apoio às pessoas mais vulneráveis. Após a distribuição monetária haverá um programa de seguimento e avaliação feito através de inquérito às famílias.