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Alguns mindelenses dizem-se com “algum receio” depois do aparecimento do primeiro caso positivo do novo coronavírus (covid-19) na ilha de São Vicente, que foi anunciado pelas autoridades na noite desta sexta-feira, mas sem especificar a origem.

Alguns mindelenses dizem-se com “algum receio” depois do aparecimento do primeiro caso positivo do novo coronavírus (covid-19) na ilha de São Vicente, que foi anunciado pelas autoridades na noite desta sexta-feira, mas sem especificar a origem.

Entre estes, abordados pela Inforpress, está Éder Araújo, para quem se antes as pessoas estavam com medo, agora este torna-se “ainda maior”.

“Por isso, espero que seja só esse caso e não haja mais, porque a situação vai ficar difícil”, disse o jovem, referindo-se ao facto da pessoa em causa ser uma chinesa e a quem espera ter tido as mesmas precauções que os seus companheiros.

Isto porque, conforme a mesma fonte, tem visto outros chineses, mas sempre usando máscaras e assim espera que a senhora ao ter os primeiros sintomas, também tenha feito o mesmo.

Ivanilda Gomes também revela a mesma sensação de receio, ainda mais por ser daqueles que precisam sair para trabalhar, “ainda mais quando não se sabe onde está a origem desta infecção”.

“Não me sinto nada confiante, porque sinto que estou a colocar em perigo a minha pessoa e a dos meus”, sublinhou, adiantando ser preciso “identificar imediatamente” a origem para se evitar que se fique “paranóico”.

Uma “sensação de perigo iminente” descrito por Edir Nascimento, que sublinhou não saber a partir de agora onde está “seguro” e quem poderá ser o portador.

“Porque, se apanharmos a doença não sabemos como o nosso organismo poderá reagir e como os nossos podem também reagir”, defendeu Edir Nascimento, que apesar de já ter “muitas caraminholas na cabeça” disse tentar manter a calma, assim como Irina Rocha, que teme pelos seus.

João Almeida Medina também se sente com “alguma ansiedade” e “certo receio” por não saber onde a pessoa infectada poderá ter estado.

“É uma ansiedade, pressão e uma certa angústia, porque a senhora esteve em vários locais e pode ter espalhado o vírus e agora ninguém sabe quem poderá estar contaminado”, asseverou o docente, para quem é preciso concentrar para não haver mais casos e redobrar os cuidados de higiene.

Questionado sobre o tempo levado para a realização do teste, uma vez que a paciente estava há oito dias em isolamento no Hospital Baptista de Sousa, João Almeida Medina respondeu ser um constrangimento do próprio País e perante uma “situação que é nova para toda gente”.

“E nesse quadro, todos estamos a nos adaptar, mesmo as autoridades que acredito estarem a fazer o que está ao alcance deles e nós, a população temos que fazer a nossa, tomar as precauções e mantermo-nos em isolamento social o máximo que pudermos”, reiterou, apelando ainda à serenidade.

A mesma serenidade e consciência social recomendada por João Branco.

“Há três erros que não se pode cometer agora, primeiro, começar a alimentar teorias da conspiração, procurando culpados e inventando histórias sem nexo; segundo, entrar em pânico; terceiro, deixar de seguir, rigorosamente, todas as indicações dadas pelos serviços de saúde e outras autoridades”, sentenciou, alertando o cidadão a fazer a sua parte, para que “esta crise tenha os mínimos danos possíveis para o País”.

Para João Branco, seria “estatisticamente improvável, para não dizer impossível, que o novo coronavírus acabasse por não chegar ao Mindelo, mas agora que chegou vai ser preciso “sobretudo confiança”.

“Tenho que confiar. Tenho que seguir todas as instruções e olhar para o futuro de forma positiva”, reiterou.

O ministro da Saúde e da Segurança Social admitiu hoje que o caso de infecção em São Vicente poderá ter resultado da transmissão comunitária, mas assegurou que não vão mudar a estratégia de prevenção e controlo.

Arlindo do Rosário, que falava na manhã deste sábado, durante uma conferência de imprensa, para fazer o ponto de situação do novo coronavírus (covid-19) em Cabo Verde, adiantou que se trata de uma cidadã de nacionalidade chinesa que se encontrava internada em isolamento no Hospital Baptista de Sousa em São Vicente, há alguns dias à espera do resultado.

Segundo o governante, a paciente de 56 anos é casada, residente no Mindelo há cerca de 5 anos, não esteve ausente do país nos últimos tempos, não teve contacto com algum caso suspeito apenas a filha esteve na Alemanha e regressou a Cabo Verde a 27 de Fevereiro.

 

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