A luta do patrono da independência de Cabo Verde, Amílcar Cabral, que completaria hoje (12) 100 anos, se entrelaça com a luta de Henry Dunant, fundador da Cruz Vermelha e com um papel proeminente na formulação das Convenções de Genebra.
Os contextos são diferentes mas as lutas têm algo em comum: A busca pela dignidade humana e justiça.
A luta de Dunant nasceu da necessidade urgente de transformar a brutalidade da guerra em um sistema de assistência humanitária. O seu compromisso era de criar um movimento que garantisse cuidados imparciais e respeitosos a todos os combatentes, independentemente da sua origem. Humanizar o conflito e garantir que os princípios de humanidade e solidariedade prevalecessem mesmo em tempos de guerra era a sua missão.
Já o líder revolucionário, Amílcar Cabral, com a luta pela independência das colônias africanas, especialmente da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, do domínio colonial português, focou na emancipação dos povos africanos e na construção de uma nova ordem social que respeitasse a dignidade, a igualdade e a autodeterminação dos africanos.
Sua luta envolveu uma profunda análise das realidades sociais e políticas de sua época, visando um futuro onde os africanos pudessem definir seu próprio destino e assegurar uma vida digna para todos.
Ambos, Cabral e Dunant, lutaram contra a injustiça em suas respetivas esferas. Suas lutas refletem uma busca comum pela dignidade humana e pelo respeito aos direitos fundamentais, demonstrando que a solidariedade e a justiça são valores universais que transcendem fronteiras e épocas.
Portanto, a herança de Henry Dunant e Amílcar Cabral, converge na busca constante pela dignidade e justiça para todos os seres humanos. Nos lembrando assim, que a luta por um mundo mais justo e humano é uma jornada contínua que exige coragem, compaixão e compromisso.