Assinala-se hoje, 5 de dezembro, o Dia Internacional do Voluntariado sob o tema Proteja a Humanidade.
A data reconhece o trabalho dos voluntários da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, que salvam vidas e defendem a humanidade partilhada em todo o mundo.
O momento também é de reflexão e homenagem. A oportunidade é para refletir e homenagear 32 voluntários e funcionários da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho que perderam as suas vidas, este ano, enquanto serviam os outros.
O apelo da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) aos governos, doadores, parceiros e público em geral é que “independentemente da crise, a segurança dos civis deve ser uma prioridade. Contudo, os trabalhadores humanitários – civis que ajudam os outros – enfrentam uma escalada de violência. Isto deve acabar. Os trabalhadores humanitários, o pessoal e os voluntários devem ser protegidos. A necessidade disto é urgente”.
Os dados mostram que 2023 testemunhou ataques sem precedentes contra trabalhadores humanitários. Mas 2024 tornou-se o ano mais mortífero de sempre, especialmente para os trabalhadores humanitários e voluntários.
“A rede das Sociedades da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho testemunhou uma perda devastadora de vidas. Só nos primeiros nove meses de 2024, 13 dos nossos voluntários e funcionários morreram ou foram mortos no cumprimento do seu dever humanitário. 82 morreram em ataques violentos enquanto usavam distintivos protegidos internacionalmente, enquanto três morreram em vários incidentes. Seis Sociedades Nacionais perderam este ano membros do seu pessoal, 80% dos quais eram da Sociedade do Crescente Vermelho Palestiniano e do Crescente Vermelho Sudanês”.
Conforme a FICV, o que se testemunhou este ano está entre os mais elevados níveis de violência contra equipas das Associações Nacionais. “E como a maior rede humanitária do mundo, a nossa mensagem é clara: a violência contra os trabalhadores humanitários tem de acabar”.
O momento, de acordo com orientações da FICV é de união e fazer soar o alarme. “Devemos aumentar a sensibilização para a necessidade urgente de proteger as pessoas em crise, especialmente os voluntários humanitários e o pessoal que arrisca as suas vidas todos os dias para ajudar e salvar outras pessoas. Devemos ser solidários com as famílias e colegas daqueles que perderam a vida no cumprimento do dever humanitário”.